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Quanto custa a qualidade de vida?

Uma das razões mais comuns que ouço de pessoas que consideram que não tem qualidade de vida é a falta de dinheiro ou a falta de tempo, ou seja, quando têm tempo não têm dinheiro e quando têm dinheiro não têm mais tempo. Eu comecei a pensar nisso hoje depois de uma visita à uma da ABRH, Associação Brasileira de Recursos Humanos. Lá proliferavam estandes de empresas que se propõe a desenvolver qualidade de vida aos funcionários das empresas como forma de melhorar os seus resultados, principalmente em seu trabalho, pois este é o foco da Feira.

Quase todas as empresas refletiam justamente este pensamento de que é necessário investir uma certa quantidade de dinheiro para obter qualidade de vida, pois ofereciam eventos com a inclusão de jogos eletrônicos, massagens, palestras motivacionais e outras opções. De forma alguma critico as iniciativas pela intenção de proporcionar momentos descontraídos na empresa como forma de aliviar o estresse. Eles são excelentes para isso.

O que senti falta foi justamente o oferecimento de um processo de conscientização para o dia a dia dos funcionários, antes e depois destes momentos de alívio de estresse. Em geral as pessoas ficam empolgadíssimas com estes eventos, mas esta empolgação dura pouco e só realimenta a impressão de que a qualidade de vida é um fenômeno que depende dos finais de semana na praia, dos eventos divertidos na empresa, do bar com os amigos. Alimenta justamente a impressão de que é preciso gastar dinheiro para ter qualidade de vida.

Mudar hábitos é difícil e este é um dos hábitos da maioria das pessoas, acreditar que não podem ter uma vida com qualidade e bem-estar independentemente do que acontece fora delas. Não é a festa da empresa ou a cerveja com os amigos que vai proporcionar qualidade de vida. Estes são momentos importantes para o relacionamento social, mas não são obrigatórios para uma vida de bem-estar.

Qualidade de vida é um estado de espírito, uma opção que se faz a cada segundo, desde o momento em que acordamos até o momento que dormimos. É acordar de manhã e sentir-se bem, independente de como está o tempo, da hora em que está acordando. É pegar o metrô lotado e ainda se sentir bem, pegar o engarrafamento e se manter feliz, receber bronca do chefe sem se afetar, o que não significa que não haverá uma necessidade de refletir sobre a qualidade do trabalho apresentado que gerou a bronca. É claro que vamos achar tudo isso praticamente impossível. Afinal, como sentir-se feliz em qualquer momento, com todo o estresse do dia a dia? Vou contar um segredo: existe um método muito simples que pode ser treinado todos os dias em qualquer lugar.

Como ser feliz?

Faça o seguinte: na frente de um espelho feche os olhos e lembre de uma situação engraçada ou que te fez feliz. Pode ser o primeiro beijo na namorada ou namorada, o seu casamento, a piada que um amigo contou na noite anterior ou na última festa. Um tombo que você levou, um filme engraçado, o nascimento do seu filho ou filha, quando você passou em um concurso, no vestibular ou foi selecionado para um emprego. Pode ser aquele passeio na praia, no campo, a primeira viagem de navio, carro, avião, o momento em que você conseguiu andar de bicicleta sem rodinhas, a primeira vez que pôde sair sozinho de casa, o primeiro carro, a primeira casa, o primeiro salário, o primeiro pôr do Sol, o primeiro nascer do Sol, o dia em que você ganhou ou comprou seu video-game, aquela boneca que sempre quis, o dia em que seu filho ou filha falou “papai”, ou “mamãe”, daquele abraço de mãe, do pai.

Quando você abrir os olhos olhe para a sua expressão no espelho. Se você estiver com aquele sorrizinho no rosto, você conseguiu! Se sentiu feliz independente do que estava ao seu redor. Trouxe um sentimento da sua lembrança. O que quer dizer que pode controlar os seus sentimentos, sua felicidade e seu bem-estar. Este é o primeiro e mais fundamental passo para a qualidade de vida. E o melhor de tudo: não custa absolutamente nada.

Você vai economizar no video-game, nas compras caras, no excesso de comida, de bebida, de festas, de viagens que seriam necessários para que você se sentisse bem. Não é que você não fará estas coisas, mas se fizer é por que quer, não porque depende disso. Será sua opção, de acordo com as suas possibilidades financeiras atuais. Você não vai mais comprometer sua renda, talvez um valor que não tenha somente para compensar uma necessidade de felicidade. Agora você está no controle. Talvez leve um tempo para controlar estas sensações, mas praticando um pouco todos os dias você vai começar a cultivar uma semente de felicidade que dará frutos para o resto da sua vida.

Ótimo dia para todos!

 

Planejamento Financeiro Pessoal

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