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Títulos públicos e seus riscos…

Em um tópico anterior, discutimos que todos os investimentos, financeiros ou não,  possuem riscos. Vamos então ser mais específicos e analisar quais os riscos dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, também conhecidos como Títulos do Tesouro Direto.

Primeiramente, vamos recapitular qual a finalidade desses títulos. Os títulos públicos são instrumentos utilizados pelo Tesouro Nacional para se financiar, são títulos de dívida. O governo possui algumas formas de se financiar, entre elas: aumentar impostos, criar novos tributos, e também emitir títulos de dívida.

Os títulos possuem diferentes retornos e são classificados em séries, a saber:

– Letra do Tesouro Nacional (LTN): retorno pré-fixado, ou seja, o investidor sabe hoje quando ele receberá de juros até o vencimento. Juros são pagos com o principal apenas no vencimento.

– Notas do Tesouro Nacional – série F (NTN-F): também com retorno pré-fixado, porém os juros são pagos semestralmente.

– Letras Financeiras do Tesouro (LFT): juros pós-fixados, ou seja, o juros pago ao investidor está atrelado à taxa de referência Selic (definida pelo Banco Central)

– Notas do Tesouro Nacional – séries B e C – retornos atrelados aos índices de inflação IPCA e IGPM respectivamente mais um cupom.

Afinal, qual o título que mais se adequa ao seu perfil? Depende do risco que você quer correr, certo? E quais são os riscos desses títulos?

  • Risco de crédito: existe a possibilidade de eu investir R$1000 nesses títulos e nunca mais ver a cor do meu dinheiro? Infelizmente sim. Afinal, não foi mais ou menos isso que aconteceu com os investidores que compraram títulos do governo grego. Esses ínvestidores tiverem um haircut (desconto) no valor dos títulos de mais de 50%, ou seja, se tivessem investido R$1000, teriam recebido de volta menos da metade desse valor. (mesmo considerando os juros). É um evento improvavél, porém possível.
  • Risco de Liquidez: depois que eu compro esse título, consigo vendê-lo rapidamente caso precise do dinheiro? Sim, existe o que é conhecido como mercado secundário. O tesouro nacional recompra esses títulos toda quarta-feira. Para o investidor pessoa física, o risco de liquidez é muito baixo, pois a representividade de um único investidor no mercado é muito baixa. Agora imagine, um grande banco que possui 5% dos títulos do mercado. Será que ele consegue revender seus títulos sem problemas? Provavelmente não, devido ao volume.
  • Risco de preço: os valores desses títulos podem ter uma variação negativa? Se eu investir R$ 1000 reais, amanhã os meus títulos podem valer menos que 1000 reais? A resposta é sim. Portanto temos um risco de preço nos título públicos. Mas por que isso? Para responder essa pergunta, precisamos de alguns conceitos de matemática financeira, e para não confundir o tópico, deixarei essa discussão para o próximo tópico.

Esses são principais riscos envolvidos nos títulos públicos. No próximo tópico, falaremos sobre a conhecida “Marcação a mercado” para entendermos melhor o risco de preço nos títulos públicos.

Até lá! Abraços.

 

 

Planejamento Financeiro Pessoal

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2 pensamentos em “Títulos públicos e seus riscos…”

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