Você abandonaria tudo pela sua qualidade de vida?

Enquanto muitos literalmente se matam de trabalhar pois acreditam que assim vão conquistar mais em suas vidas, muitos tem decidido ir pela via contrária, ou seja largar toda a vida estressante de trabalhos sem limites para ter mais saúde e qualidade de vida, rejeitando os ganhos financeiros e materiais considerando que assim poderão estar livres para valorizarem a si mesmos. Mas será que algum destes caminhos realmente pode ser bem sucedido?

Vivemos em um mundo capitalista. O dinheiro é um símbolo de troca e você tem tanto dinheiro quanto a sociedade dá valor ao que você tem a oferecer. Parece simples demais, mas é assim mesmo. Vivemos em uma sociedade que valoriza a escassez. Se o que você oferece é único e difícil de se obter, você terá mais valor e portanto mais dinheiro. Ter dinheiro, trabalhar para uma empresa ou ter a sua própria empresa, ter altos desempenhos, ter uma boa casa, um carro de qualidade não impedem que você tenha uma boa qualidade de vida ou que você seja feliz. Ter muito dinheiro não significa abrir mão da qualidade de vida, assim como ter pouco dinheiro também não significa que você tem qualidade de vida.

A grande questão não é sair do trabalho ou do ambiente da cidade grande, pois qualquer lugar para onde você for vai apresentar problemas e desafios para o seu bem-estar, a sua paciência e a sua tolerância. Se você está acostumado com um ambiente de cidade grande e vai dormir uma noite em uma fazenda pode muito bem passar uma noite em claro incomodado com uma desconhecida sinfonia de coaxar de sapos, piados de coruja e grilos cantantes. O que fará realmente a diferença é o nível de importância que você dá para tudo isso.

Se a sua sensibilidade ao que acontece ao seu redor for muito grande e você se incomodar com isso, o coaxar de um sapo vai estressar você tanto quanto o fato daquela moça do escritório digitar textos no teclado com apenas dois dedos, demorando muito para terminar qualquer trabalho. Estímulos irritantes nós teremos em qualquer lugar. O que ocorre, entretanto, é que os estímulos em si são neutros. As sensações que temos em relação a eles é que tem algum significado, que muda de pessoa para pessoa. O mais fantástico é que nós podemos reprogramar estes significado treinando. O treino é justamente começar a ter o hábito de encarar qualquer coisa como um aprendizado e perguntar, por mais doloroso e difícil que possa parecer “o que aquele fato ou aquela situação está nos ensinando?”

No começo é difícil responder a esta pergunta pois pareceria absurdo saber o que um ônibus lotado às seis horas da tarde tem a nos ensinar, mas ele tem muito, pois se aprendermos a ficar bem em meio a uma multidão de pessoas nem sempre perfumadas, podemos facilmente ter desenvolvida a capacidade de suportar o mau humor do chefe. E isso acontece em qualquer situação. O mais fantástico de tudo isso é começar a perceber que permanecendo de bom humor ou com mau humor, quem recebe as consequências e resultados somos sempre nós. E garanto que os resultados do bom humor são bem melhores.

Com esta mudança de atitude é possível melhorar os nossos resultados, pois vamos atrair pessoas mais bem humoradas e produtivas, formaremos e seremos parte de equipes com alto desempenho e isto não irá nos desgastar, pois encarando tudo com uma interpretação positiva estaremos sempre bem. Nosso trabalho vai render mais, o que dará mais tempo para ficar com a família, dando mais satisfação também para eles e alimentando um ciclo virtuoso que trará resultados em todas as áreas de nossa vida, inclusive a financeira, pois a probabilidade de se promover alguém bem humorado e com alto desempenho é muito maior do que promover aquele cara rabugento.

Enfim, não é preciso abandonar tudo e ir para uma ilha deserta para ter qualidade de vida. Apesar de a princípio parecer utópico e simplista demais, a simples mudança de atitude perante o que acontece ao nosso redor vai apresentar resultados fantásticos em sua vida em muito pouco tempo. Você pode sim fazer aquele seu planejamento de independência financeira com um bônus a mais: para atingí-la você já viverá constantemente com qualidade de vida. A independência financeira irá somente consolidar esta condição e você ainda poderá inspirar a todos os que estão ao seu redor para que façam o mesmo. De uma forma ou de outra, as pessoas que estarão ao seu redor vão acabar tendo o mesmo comportamento. O que pode mudar é que estas pessoas podem ser diferentes das que você tem a sua volta hoje.

Até a próxima!

CARLOS CESAR FERRAZ

Fundador da Escola da Vida, uma empresa dedicada a ensinar as pessoas a viver de forma próspera e plena, conservando a sua saúde e qualidade de vida. Aplica este trabalho tanto para pessoas físicas como empresas, individualmente ou em grupo, sempre de forma sustentável e produtiva. Contatos através do e-mail carlos@aescoladavida.com, pelo telefone (11)3781-2441 ou pelo site http://www.aescoladavida.com.