Medindo a conquista dos Objetivos

O 1º passo para qualquer Planejamento Financeiro é saber exatamente quais são os objetivos que tem para seu dinheiro. Mas, já tendo essa lista bem definida, o que vem depois?

Uma boa estratégia para conseguir acompanhar se está realmente seguindo em direção a eles é criar uma conta de “Objetivos Pessoais”. Esta conta é onde fica o dinheiro separado para pagar pelo que quer conquistar, independente do valor ou tempo que demore! É por isso que cada Objetivo tem que ser bastante relevante para você, senão logo vai desistir e acabar usando o dinheiro para outra coisa.

Pois bem, tendo sua lista de Objetivos em mãos, dê o valor necessário para cada ítem na sua lista. Por exemplo, “Viajar para a Itália” pode ser um dos seus objetivos e o valor que você considera necessário para isso sejam R$ 10 mil.

Tendo os valores conhecidos, é hora de acompanhar seu sonho cada vez mais perto. Todo mês, antes de pagar qualquer coisa, pague a si mesmo colocando uma parte que considerar adequada na sua conta “Objetivos”. Pode ser qualquer quantia, desde 1% do salário, o importante é começar e ir aumentando caso possível. Se no 1º mês você já conseguir separar R$ 200, por exemplo, isso significa que está R$ 200 mais perto de conquistar seu objetivo. Para a viagem à Itália isso quer dizer que ela está a caminho de se tornar realidade ao invés de sempre ficar em último lugar nos planos, sem que haja uma ação específica para acontecer.

Esta conta “Objetivos” não precisa necessariamente ser uma conta separada no banco. Caso prefira desse jeito, ótimo, mas pode ser também uma aplicação separada. O importante é que o dinheiro renda juros para você, pois assim seu próprio dinheiro também estará trabalhando para realizar os seus sonhos. Poder ser uma aplicação em poupança, CDB, fundo de investimento ou até Tesouro Direto (dúvidas sobre como Investir no Tesouro Direto? Acompanhe a série escrita pelo Camilo clicando aqui). Não é bom neste caso aplicar em Renda Variável (ações) pois pode perder dinheiro e o sonho parecer mais distante, o que desmotiva qualquer um…

Agora que já tem sua lista de Objetivos e sua conta de Objetivos, estabeleça qual é aquele que quer realizar primeiro (prioridade). Sabendo o valor necessário, fica fácil medir o quão longe ou perto está de alcançá-lo. Novamente utilizando o exemplo da viagem para a Itália. Se a viagem custa R$ 10 mil e você tem R$ 5 mil na conta de Objetivos, a viagem já está 50% mais próxima de se realizar. A cada mês é possível ver a distância diminuindo quanto mais essa porcentagem vai alcançando 100%! No final, isso quer dizer que seu trabalho está sendo investido naquilo que realmente importa para você.

Com certeza esta técnica faz com que seu foco permaneça naquilo que é importante e não deixa que as distrações levem seus sonhos para longe. Porém não são só estes benefícios que vai perceber. Tem mais:

 Não paga juros. Rapidamente já pode começar o planejamento para o próximo objetivo, pois não vai precisar se preocupar com uma dívida que aumenta o dinheiro necessário para saldar a conquista anterior.

Consegue desconto à vista. Quem tem dinheiro na mão, tem o poder de decisão. Se você precisa de empréstimo, vai pagar taxas. Agora se você é quem tem os recursos, vai conseguir melhores condições para lhe convencerem a gastá-lo. Mas e se não derem o desconto à vista porque dizem que as parcelas não tem juros? Sem problemas! Lembra que a sua conta de Objetivos lhe rende juros? Pois então, escolha o parcelamento e vá pagando com o dinheiro que continua rendendo na sua conta. No final, você produziu o próprio desconto pois tinha o valor à vista que lhe rendeu uma quantia extra!

Tem um fundo para emergências. Em uma situação inesperada em que não tenha de onde tirar dinheiro, pode utilizar a quantia da sua conta de Objetivos sem precisar depender de dívidas. Cuidado somente para utilizar este valor em casos extremos e repor assim que possível. São seus objetivos que estão em jogo!

Evita desperdícios. Como o dinheiro já vai para a conta logo quando é ganho, não há chance de gastar em lugares que depois nem vai se lembrar. É isso que se chama “pagar a si mesmo em 1º lugar”.

O que está por trás de tudo isso é realmente dedicar uma parte (mesmo que pequena) para aquelas promessas que vão ficando sempre para depois. Qualquer longa jornada é sempre feita de pequenos passos. Às vezes parece muito difícil olhando o caminho inteiro, mas quando nos concentramos em cada pedacinho, a somatória deles leva ao mesmo destino.

E então, gostou da estratégia? Espero que sua conta “Objetivos” esteja sempre bem recheada!

Prosperidade para todos!