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Independência financeira: como conseguir?

O que é independência financeira para você? A sensação de que pode “andar sozinha” porque arrumou um emprego bacana? A sensação de liberdade de ver uma grande dívida quitada? Ou a sensação de prazer ao ver que conseguiu juntar um determinado montante de recursos após anos de investimento?

Através destes questionamentos acima, podemos deduzir que, para cada um, em cada época da vida, pode existir uma interpretação diferente do que seja a independência financeira. Mas, em sua exata definição, e para efeitos de aposentadoria, a independência financeira é atingida quando uma pessoa consegue juntar um determinado montante em ativos e investimentos, cujos rendimentos geram um fluxo de caixa mensal suficiente para que se possa viver somente com estes frutos. Esta renda deve ser suficiente para perdurar enquanto a pessoa viver – ou seja, com a expectativa de vida, que cresce a cada estatística divulgada, seria prudente que cada uma de nós tivesse reservas suficientes para fazer retiradas mensais até os 95/100 anos. Por ser um período de tempo longo, os cálculos realizados devem levar em consideração que a renda mensal deverá ser proveniente dos rendimentos reais dos investimentos (sem considerar o rendimento que vem da correção pela inflação) – caso contrário o patrimônio principal seria dilapidado e consumido antes do final do período necessário, com a consequente perda dos rendimentos.

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Já percebeu que a questão é um pouco complexa, não? Junte-se a isso o fato de que, no cenário atual, as aplicações financeiras e investimentos apresentam baixos rendimentos. Então, o que fazer?

Em primeiro lugar, é necessário disciplina e perseverança. Quanto antes se começar a poupar e investir, mais suave e fácil será o caminho da independência financeira. Isso também é válido para quem ainda não começou e sabe que deveria ter se esforçado antes – quanto mais adiar o problema, maior ele ficará.

Em segundo lugar, o montante de recursos investidos deve ser maior quanto maiores forem as retiradas mensais desejadas. Então, para fechar esta conta, esforços podem ser feitos nos dois lados da equação: tanto se aumentando o volume dos investimentos até a data da aposentadoria, quanto se diminuindo as expectativas e decidindo-se viver com menores retiradas mensais (ou seja, vivendo-se mais frugalmente). Num novo cenário econômico, que deixou de apresentar rentabilidades elevadas nas aplicações, parar de trabalhar e viver somente dos frutos dos investimentos é uma situação que poderá exigir muito esforço por parte de muitas famílias que desejarem manter seu padrão de vida.

Para fazer frente a esta situação, o consultor financeiro Gustavo Cerbasi tem reiterado, em suas últimas entrevistas, uma ideia desafiadora. Ele questiona a tradicional aposentadoria: seria o momento de parar de trabalhar? Ou de ter escolhas diferentes? Levanta então a possibilidade da realização de investimento em um negócio, que quando bem planejado e estruturado pode levar a maiores taxas de retorno para o capital investido. Quando a pessoa consegue aliar conhecimento a uma reserva financeira e uma boa idéia, pode realmente chegar a empreender com sucesso.

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Embora seja fato que empreender não é tarefa para qualquer um, aqueles que têm aptidão, constroem as bases e decidem por este caminho, criam a possibilidade de gerar renda extra. Porque o patrimônio construído no decorrer dos anos de “idade produtiva” da pessoa, embora consistente, pode não ser suficiente para gerar um rendimento confortável até o fim da vida.

Mas… trabalhar na aposentadoria? E por que não? Estamos vivendo mais, com mais saúde e energia! O trabalho em um negócio próprio, em um ramo do interesse da pessoa, pode ser feito com mais prazer e flexibilidade – uma escolha diferente para a aposentadoria de alguns.

 

Planejamento Financeiro Pessoal

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