Dinheiro compra felicidade? Ou felicidade compra dinheiro?

Eu ouço desde pequeno que “dinheiro não compra felicidade” e me acostumei com esta idéia. Sempre acreditei que fosse algo de origem “boa”, pois foi escrito em meu subconsciente que ter muito dinheiro era coisa de “gente ruim”, pessoas que passava a perna nos outros. Aí fui crescendo e ouvindo algumas variações, como “dinheiro não compra felicidade, mas ficar triste em Paris é tudo de bom!”.

Enquanto vamos colecionando experiências, temos a oportunidade de testar estas crenças que são inseridas em nossa programação mental desde cedo. São crenças compartilhadas com grande parte da sociedade e tornam-se um conceito comum, ou um bom senso, como chamam alguns, e desafiá-los costuma ser uma postura não muito bem vista.

Pode até ser que o dinheiro não compre felicidade, mas desde que eu nasci ele costuma comprar tudo o que eu tenho e que preciso para viver. Mesmo que eu tenha ganhado várias coisas neste tempo, todas estas coisas foram compradas por alguém. Alguém gastou dinheiro e alguém recebeu o dinheiro. Então se a tal da felicidade for comprada com alguma coisa, provavelmente será com dinheiro. A questão então é saber se a felicidade pode ser comprada! Será?

Como se faz alguém feliz? Como você fica feliz? Um carro te faz feliz? Até quando? Uma casa? O que um carro ou uma casa fazem você sentir? Liberdade? Segurança? Proteção? O que faz um bem material ou uma viagem deixar a pessoa realmente feliz é o que isso traz para ela, seja paz, proteção, segurança ou qualquer outro sentimento que leva à felicidade. E que outras formas alguém tem de ser feliz? Se você fechar os olhos agora e se lembrar de um momento maravilhoso da sua vida como você se sentirá? Faça um teste. Eu espero.

Fez? Como se sentiu? Como se sente agora? Em geral as pessoas resgatam uma sensação que tiveram em algum momento do passado, o que mostra que os sentimento são controlados por nós, pelos nossos pensamentos e pela interpretação que fazemos deles. E tem algum horário para que isto possa ser feito? Não, em qualquer horário, em qualquer momento temos a capacidade e o direito de nos sentirmos felizes, independente da situação. É a nossa decisão que determina isso.

E quando estamos felizes, contagiamos as pessoas a nossa volta, ficamos mais aberto a amizades, a cooperações. A nossa mente fica mais livre para criar soluções para problemas, trabalhamos melhor, lideramos melhor, convivemos melhor com as nossas famílias. E ao longo do tempo em que se cultiva este estado de felicidade, temos a grata satisfação de constatar que tudo a nossa volta começa a funcionar melhor e a apresentar melhores resultados, pois a nossa felicidade atrai pessoas mais competentes para a nossa volta e nos faz mais competentes. As pessoas compram mais de pessoas felizes, sejam produtos, serviços ou mesmo uma idéia. Quando compram mais idéias nossas, temos mais oportunidades de ascenção pessoal e profissional.

E quando tudo isto acontece começamos a ganhar mais dinheiro, ter mais oportunidades! Opa! Então a felicidade está gerando dinheiro? E não precisamos pagar nada pela felicidade! Chegamos justamente a fórmula inversa: a felicidade compra, ou gera o dinheiro! O que somos define as nossas atitudes, que define nossos resultados e as nossas conquistas materiais. Quanto mais felizes formos, mais conquistas teremos. É inevitável!

E quando tivermos estas conquistas será necessário planejar bem o seu uso, para gerar mais conquistas, mais felicidades e entrar em um círculo virtuoso de realizações que não tem limites. Planeje sua vida financeira ao mesmo tempo que planeja a sua felicidade. Faça da sua felicidade um recurso que, assim como o dinheiro, deve ser ter um investimento frequente, de preferência diário, em várias horas por dia. Os juros pagos por este investimento são sempre altos e vão garantir a sua independência tanto financeira como de sua felicidade, e das pessoas que estão à sua volta.

Seja feliz e próspero!