O principal inimigo da sua riqueza: você!

Você já deve ter recebido muitos conselhos para cuidar melhor do seu dinheiro, certo?

“Gaste menos do que ganha”, “separe 10% assim que receber o salário”, “não se endivide no cheque especial e cartão de crédito”, “pague à vista” e por aí vai…

Tudo isso parece fazer sentido, mas… Por que na prática não é tão simples quanto parece? O problema pode estar onde mais temos medo de procurar: lá dentro…

Uma pesquisa recente da Serasa Experian revelou que o brasileiro tem nota 7,4 no quesito Conhecimento, mas 5,1 no quesito Comportamento. Ou seja, sabemos o que deveria ser feito, mas na prática não fazemos.

Depois de anos trabalhando como Planejador Financeiro Pessoal, acompanhando de perto as dificuldades dos meus clientes, cheguei à conclusão de que existem alguns perfis que atrapalham as pessoas a praticar aquilo que já sabem na teoria.

Percebi que a maior dificuldade para enfrentar o problema é perceber que ele existe! Quando a pessoa toma consciência de como realmente é, começar a fazer diferente se torna muito mais fácil. Vou listar cada um deles a seguir, mas também quero propor um desafio: veja qual (ou quais) perfis se encaixam a você. Coragem, classifique-se!

O Esquecido:“não lembro onde gastei”, “esqueci de anotar minhas despesas”, “na hora não me lembrei que havíamos combinado isso”

O Preguiçoso:“amanhã eu faço”, “será que precisa mesmo?”, “agora vai começar a novela. Depois eu vejo isso”.

O Pessimista:“Não vai adiantar nada eu fazer isso”, “pra que começar se eu já sei que não vou continuar”, “é impossível fazer mais do que já faço com o que eu ganho”.

O Otimista:“vai dar tudo certo, não precisa ser tão rigoroso assim”, “no fim eu sempre acho um jeito”, “está tudo bem e vai continuar assim pra sempre”

O Sabotador Compulsivo:“eu sabia que não dava pra comprar, mas era uma promoção imperdível”, “era uma festa chique e eu não tinha o que vestir”, “foi tão barato que nem vai fazer diferença”

O Status: “meus amigos tem, eu também preciso”, “o que vão achar se eu não der um presente bacana?”, “meu nível social não permite que eu economize nisso”

O Problema Externo: “é a crise, tá todo mundo assim”, “meus amigos também sofrem com isso”, “enquanto não melhorar a situação, não posso fazer nada”

O Parcelador: “essa parcela cabe no meu bolso”, “pra que juntar dinheiro se posso parcelar?”, “coloco tudo no cartão de crédito”

O Merecedor: “eu mereço isso”, “não é gasto, é investimento”, “trabalhei muito essa semana, vou me dar um prêmio”

O jovem e O velho: “sou muito novo (ou muito velho) pra isso”, “ainda é cedo”, “agora é tarde”

E aí, você já disse uma ou mais frases como essas? Seus hábitos financeiros dizem muito sobre o seu futuro e até onde realmente você vai conseguir chegar. Se não está contente com os resultados, o 1º passo é ganhar consciência sobre o que está te atrapalhando e começar a fazer diferente.

Assim como um nutricionista ajuda alguém que decide que deveria se alimentar melhor ou um personal trainer ajuda quem quer se exercitar sem se machucar, o Planejador Financeiro ajuda quem tem planos ambiciosos para o futuro e quer usar o dinheiro com mais eficiência e disciplina. Se você identificou o problema e reconhece que precisa de ajuda, esse pode ser o especialista certo para você.

Melhor do que ter conhecimento, é perceber o que está te segurando para colocar em prática seus planos. Este já é um grande passo para a mudança!