Viajando para o exterior: O que levar na carteira?

Saudações, amigo leitor!

Final de ano chegou, e as tão aguardadas férias também. Se a sua viagem, como a de milhares de outros brasileiros, será para o exterior, leia esta dica sobre “O que levar na carteira para usar no exterior.” Esta tem sido umas das perguntas que tenho mais respondido, só perde para a inquietante  “O dólar vai cair ou vai subir?”, mas esta fica para o próximo post.

Acho que o viajante deve considerar 3 importantes fatores: Segurança, Conveniência e Custo.

Vamos direto ao ponto: faça um mix entre os 5 principais instrumentos de se levar dinheiro para o exterior  e faça uma viagem tranquila. 

Todas as opções possuem vantagens e desvantagens, vamos resumir cada uma delas para tentar ajudá-lo na sua decisão:

Papel Moeda: não existe nada mais líquido do que dinheiro, antecipar o câmbio e chegar ao seu destino com a moeda local muitas vezes pode significar economia de tempo e dinheiro, você não sofre com as filas e exorbitantes taxas cambiais das casas de câmbio dos aeroportos. A principal desvantagem está na segurança, já que não existe seguro contra dinheiro.

Cartão de Débito Internacional: o cartão de débito de uso internacional é prático e conveniente, o cliente consegue sacar a moeda local em quase todas as ATMs (do inglês Automated Teller Machine, ou Caixa Automático) e conta com ampla aceitação nos estabelecimentos e, assim como o Papel Moeda, também possui IOF de 0,38% sobre o câmbio (sim, as transações com cartão de débito no exterior são registrados e incide IOF). Enxergo duas desvantagens nesta opção: sua utilização em moedas diferentes de USD  (pois ocorrem duas conversões de moeda: da moeda local  para o USD e do USD para Reais), o que significa uma taxa cambial desfavorável, e a sujeição à oscilação cambial.

Cartão de Crédito Internacional: continua sendo o principal instrumento de pagamento utilizado pelos brasileiros no exterior, porque é conveniente, de ampla aceitação e conta com os programas de recompensa. As desvantagens ficam pelo IOF de 6,38% (6% acima dos demais instrumentos, o que equivale a USD60 a cada USD1.000 gastos) e pela oscilação cambial, já que a taxa cambial será conhecida apenas no fechamento da fatura.

Cartão pré-pago em moeda estrangeira: é o instrumento de pagamento que mais cresce entre os brasileiros que viajam para o exterior, isto porque possui um IOF menor que o cartão de crédito, de 0,38%, e alia a conveniência do plástico com a segurança dos cheques de viagem. Adicionalmente, por ser pré-pago, evita a surpresa desagradável de uma oscilação cambial desfavorável, já que a taxa de câmbio é conhecida no momento em que o cartão é adquirido. Também é uma ótima opção para os pais que mandam seus filhos para o exterior, já que os cartões podem ser recarregados on line. Assim como o cartão de débito, a desvantagem aparece quando o cartão é utilizado em uma moeda diferente da moeda pré-carregada, as taxas de conversão entre as moedas costumam ser altas, entre 2 e 6%.

Cheques de viagem (Travellers cheques): muito utilizado por quem busca segurança, pois possui seguro contra perda e roubo. Sua aceitação continua muito forte nos EUA, onde se pode utilizá-lo e receber troco em espécie na maioria dos estabelecimentos das grandes cidades americanas, mas na Europa frequentemente apresenta problemas de aceitação. Está sendo rapidamente substituído pelo cartão pré-pago, inclusive pela única bandeira que ainda oferece o produto no Brasil. Também possui IOF de 0,38%.

Como disse anteriormente, faça um MIX, Coloque na sua carteira entre 3 ou 4 destes instrumentos , sendo entre 20% a 30% em espécie e o restante entre suas opções favoritas. Em tempo, caso opte pelo cartão de débito ou crédito, ligue para a central de atendimento do seu banco ou cartão para se certificar que os cartões podem ser utilizados no exterior e que já estejam desbloqueados para uso internacional.

 Até a próxima.