Por Leonardo Tavares
DICA 1: O momento é rever o que tem valor para você!
Muitos estão falando que essa Pandemia aconteceu para o mundo PARAR e rever seus valores. Mas o que é valor? Quais valores posso dizer que possuo?
Valores pessoais! Comece listando 3 valores que possui por exemplo. Alguns dirão: Família, cônjuge, filhos, carreira, eu mesmo, amigos, espiritualidade. Ok.
Mas e os valores materiais ou financeiros? Para onde estão indo seus rendimentos ou salário? Passeios em ou para a família, ou em viagens solitárias? Restaurante e bares com as pessoas identificadas como valorosas anteriormente? Em presente para quem ama ou gastos em eventos sociais? Você já parou para perceber ou refletir o quanto realmente os valores pessoais estão congruentes com suas finanças?
Considerando a Pandemia, qual a coisa que tem mais valor atualmente? No contexto atual… SAÚDE, alguns afirmariam. Outros, DINHEIRO, cientes que alguns lidam com a redução de suas receitas. Ou seria o TEMPO? Quanto tempo estamos investindo em nossos valores mais importantes?
Como a ideia desse artigo está mais voltada para as finanças, eu convido aos que estão lendo a perceberem em que colocavam estavam investindo, aplicando ou apenas gastando seus recursos financeiros e seu tempo antes dessa experiência de quarentena/isolamento e como estão agindo nesse momento e no que pensam em fazer com seus ativos após a quarentena, reforçamos aqui a expressão: “Tempo é dinheiro!”
Para aqueles que já possuem perfeita correlação e compatibilidade entre os valores pessoais e hábitos de consumo, deixo registrado minhas sinceras congratulações. Parabéns de coração! Tenho quase a absoluta certeza de que intensificaram determinadas práticas ou já buscaram formas de se adaptarem para manter o que realizavam de forma extremamente criativa.
Para aqueles que ao realizarem esse rápido exercício e verificaram ou perceberam que existe algum aspecto que pode ser otimizado… A HORA É AGORA! E para isso não importa sua idade. Sempre é tempo de começar ou, para alguns, recomeçar. Lembre-se que existem diversos profissionais, de várias especialidades (psicólogos, psicanalistas, terapeutas holísticos, coaches etc.), aptos para desenvolverem um trabalho sério e compromissado e lhe auxiliarem a trazer mais alinhamento, equilíbrio e harmonia para a sua vida.
DICA 2: Coragem! Veja seus hábitos e comportamentos financeiros. O momento é esse!
Nesse segundo artigo iremos destacar a importância de enfrentar alguns de nossos medos, desconfortos ou mesmo vulnerabilidade. Acreditamos, no entanto, que para aqueles que desejam desfrutar de um maior bem-estar é fundamental esse enfrentamento.
Olhar para os próprios hábitos é um processo que exige muita coragem. Pois muitas vezes você deverá reconhecer e lidar com comportamentos que não aprecia muitos, outras vezes com hábitos antigos ou mesmo com vícios.
Se a área mais sensível do ser humano é o bolso, imagine a coragem necessária para olhar seus hábitos financeiros.
Como estão suas reservas de emergência? Como está sua gestão de proteção e risco? Perceba que conforme diversas pesquisas, falta em muito de nós brasileiros, a chamada “Educação Financeira”. Inclusive se tornando matéria escolar espera-se que a próxima geração já obtenha benefícios e apresente uma postura muito mais consciente.
Mas vou ser sincero, não existe receita de bolo! Eu particularmente, não acredito nas famosas “X” regras para enriquecer ou pagar dívidas. E minha descrença se deve ao fato de considerar cada ser humano como único, não apenas em relação a si mesmo, mas considerando os relacionamentos e ambientes que possui ou está inserido. E para olhar os hábitos financeiros ocultos em cada uma dessas relações requer grande força de vontade e capacidade de ENFRENTAMENTO.
Nesse sentido o Planejamento Financeiro irá auxiliar não apenas quem pensa em investir e busca as melhores rentabilidades no menor risco possível. Ele é um processo de médio e longo prazo, ou mesmo contínuo, pois precisa ser revisitado periodicamente na medida que ocorrem mudanças no cenário.
Mas alguns podem estar se perguntando: qual a relação do Planejamento Financeiro com a sua dica? Por que precisamos de coragem? E dizemos: porque quando estamos diante de um efetivo plano de ação precisaremos lidar com questões que muitos “fogem” no dia-a-dia ou no mínimo evitam. Perguntas como se eu vier a faltar hoje como ficará a situação financeira da minha família? Como iremos sobreviver caso algum dos provedores perca o emprego ou a principal fonte de renda fique extremamente comprometida? Quantos meses podemos manter com o atual padrão de vida? E se o reduzirmos? Quanto tempo e qual o custo de cada um dos meus dependentes até eles poderem, no mínimo, caminharem com suas próprias pernas? Como ficarão as despesas com o inventário, impostos, advogados etc.?
Por fim, precisamos não apenas de coragem ou racionalidade para lidar com essas perguntas, precisamos sim, desenvolver uma postura amorosa. Afinal, nem todos estão preparados para conversar sobre esses temas ainda mais que são negligenciados por diversas crenças impostas desde a infância. Portanto, tenha coragem para lidar com todas essas questões, mas acima de tudo tenha muito amor para lidar e levar essas questões as pessoas que lhe são próximas e precisam participar ou no mínimo tomarem ciência do que foi ou está sendo planejado.
DICA 3: A importância do planejamento na crise, para sua saúde financeira e mental
Em nosso último artigo iremos destacar a importância do planejamento financeiro para o desenvolvimento de uma maior qualidade de vida ou bem-estar. Lembramos que para chegar no ponto de estar preparado para lidar com um plano de ação propriamente dito fez-se necessário, reconhecer nossos valores e enfrentar alguns dos nossos hábitos e crenças.
As questões trazidas nos artigos anteriores são extremamente importantes, mas acabam não fazendo uma impactante associação da relação do dinheiro com a qualidade de vida.
Para se ter ideia do enorme estresse em relação as finanças, facilmente localiza-se na internet artigos que a mencionam como o 2º motivo que mais gera a separação entre casais.
Uma outra questão é que projetos não concluídos poderão gerar ansiedade quando a frustração não é administrada. E esse é um fator que preocupa muitos pensadores de diferentes áreas (como sociologia, filosofia e psicologia) que é fruto da banalização da felicidade. Atualmente, muito mais do que buscar a realização de uma vida feliz, por meio de atitudes e comportamentos que tenha como consequência a felicidade, ultrapassa-se a ideia do direito de ser feliz e cultua-se a obrigação em ser feliz e assim, quando projetos não se concretizam, alguns enfrentam a decepção consigo mesmo e com o “mundo” que lhes tirou esse direito. E vamos ser sinceros? A grande maioria dos projetos envolve dinheiro para a realização ou sua sustentação mesmo quando se trata de projeto social ou ambiental.
Seguindo uma linha muito próxima, a perda ou diminuição do padrão de vida por conta do desemprego pode levar não apenas a pessoa diretamente envolvida com a questão, como outros envolvidos, a depressão por não conseguirem aceitar a nova, momentânea ou não, condição social.
Daí a necessidade de estarmos não apenas com um plano financeiro elaborado, mas a importância que ele seja de conhecimento e com o envolvimento da maior parte da família. Assim, a Educação Financeira, antes de mais nada, pode e deve começar em casa, preparando as crianças para conhecerem e lidarem com a realidade e projetos que elas almejam em suas vidas.
Perceberam como as questões financeiras são importantes? Notem que quando não são observadas, poderá acontecer de olharmos para nossa própria história e surgir aquele “desconfortável” pensamento: “Ah! Como eu gostaria de ter feito diferente.” Ou “Ah! Por que não fiz outras escolhas!” A consequências desses pensamentos? O risco de entrar em um processo de tristeza ou mesmo depressão.
Precisamos ser realista! É necessário olhar para a nossas finanças. Aceitar o ambiente econômico atual e verificar os cenários futuros onde eventualmente precisaremos conversar com um especialista (Planejador Financeiro, Coaching ou Terapeutas) para trabalhar essas questões pois tudo em nossa vidas compõe um sistema inter e intra relacionado e, compreender o sistema fará a diferença para realmente termos vivido uma vida feliz e com qualidade.
Finalizo assim deixando a mensagem que repensar suas finanças é pensar em qualidade de vida, bem-estar para você e aqueles que ama.